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terça-feira, 25 de outubro de 2011

QUEM CORROMPE? : TRABALHADOR CORROMPE? PROFESSOR CORROMPE?



http://www.youtube.com/watch?v=RCuYDw_KUYE&feature=feedf


Ao leitor


Esse artigo do Laerte diz o que venho repetindo à exaustão, nas calçadas, praças, bares, conversas por aí. Vivemos num regime empresarial travestido de democracia. E fomos levados a acreditar em mentiras e a ver o mundo de maneira totalmente distorcida. Os que se angustiam se vêem num labirinto sem saídas, os que se revoltam encontram as dispersões calculadas para os revoltados, um mercado de revoltados, com produtos e comportamentos que expressem sua inconformação sem ameaçar o sistema, ao contrário, colaborando com ele, como consumidor e como colaborador na montagem do cenário de democracia, que precisa ser constantemente retocado, modificado, reestruturado, para permanecer como ilusão e conter explosões. Qualquer descontrole nessa área, as forças de segurança já estão treinadas e preparadas para a contenção. Desapartadas do sentimento de sociedade, de pertencimento à coletividade, essas pessoas não se constrangem em atacar, agredir homens, mulheres, velhos, crianças, sem perceberem o lado humano vergonhoso de tal atitude que, se os que cometem vissem, em situação de calma, ficariam no mínimo constrangidos, envergonhados pela evidente covardia. Uma força armada, treinada pra luta, pro massacre, atacando populações que não reagem e nem teriam condições de reagir à altura. E nos poucos casos de reação popular, como os recentes, no Juramento, na Mangueira,... dão as sérias conseqüências, revanche com gases, crianças, velhos, crianças passam mal, mulheres grávidas, feridos, presos. Nenhum bandido, além de alguns policiais que se aproveitam da farda e da ideologia do seu treinamento pra extravasar desvios pessoais - sem perigo de sofrer conseqüências, quando contra negros e pobres.


Penso que ver o mundo como ele é, ou procurar fazer isso, é o primeiro passo no processo de mudança consciente da realidade que nos cerca, da sociedade em que vivemos, esquecidos da coletividade que somos e de nosso compromisso, intrínseco à vida, em solidariedade e sentimento, uns com os outros e todos com o equilíbrio e a harmonia entre todos. Sem nenhuma exceção, esse é o nosso compromisso, consciente ou não. E nesse caminho avançamos, como o tempo, como a evolução de todas as coisas que conhecemos e, imagino, de pelo menos muitas das que não conhecemos.


O domínio e a pesada influência das grandes empresas nas decisões e mais, na existência dos poderes públicos, com o apoio decisivo da mídia privada dominante, já se mostra a muitos olhos. Ainda poucos dentro do todo, mas isso se propaga como fogo. Resta escapar dos extintores do sistema, até que o incêndio seja tamanho que não se possa mais controlar, pois incendiará os próprios extintores.


Cabe perceber, porém, que a maior parte da força opressora, controladora e repressora reside em nosso consentimento coletivo, assimilando valores e comportamentos impostos, induzidos, criados e implantados pela mídia, pela publicidade e com a distorção das informações pelo jornalismo das grandes empresas. Vemos o mundo como uma arena, cheia de inimigos a vencer, obstáculos a superar, um "inferno" no caminho de um "paraíso" reservado a poucos. Todos adversários de todos, riqueza como objetivo de vida, posses como certificado de valor pessoal, conhecimento como fator de superioridade, e não de responsabilidade. O egoísmo foi entronizado e nós aderimos, mais ou menos escancaradamente. Assim sustentamos o sistema.


"A massa sustenta a marca; a marca sustenta a mídia; e a mídia controla a massa."
George Orwell

materia retirada do site http://observareabsorver.blogspot.com/search?updated-max=2011-10-13T15%3A07%3A00-03%3A00

Um comentário:

  1. "burro nunca aprende, o inteligente aprende com sua própria experiência e o sábio aprende com a experiência dos outros.

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